sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Mudanças!

Meus amores!

Meu blog mudou de endereço, mudou de layout, deu uma 'repaginada'!!!
Passem por lá pra conhecer, deixar seus comentários, responder à enquete (de amor) ou apenas dá uma volta, pra mudar de ares!

Novo endereço: http//cassiamiranda.wordpress.com

Vai lá!

Beijos carinhosos, Tita

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Silêncio...

Lua morta
Rua torta
Tua porta

Bati, bati,
Silêncio...

Cartas que vão
Cartas que vêm
Não?
Vêm?

Bati, insisti,
Silêncio...

Dei às costas para tua porta
Vaguei pela rua torta
Sob o olhar da lua morta (C.M.)

sábado, 16 de outubro de 2010

Sábado


São 3h26 da madrugada de sexta-feira que virou sábado. 16 de outubro. Parei de trabalhar agora e vou relaxar lhe enviando uma carta. Ninguém mais escreve cartas. Era tão boa a sensação, a ansiedade, a surpresa e enfim, a alegria da curiosidade latente. Ler o conteúdo. Ler agora ou fazer suspense?
Já vi muitos e muitos sóis nascerem. Os insones são assim. Eles espreitam a noite enquanto o silêncio grita. E nesse vácuo de solitude, pensa-se, pensa-se, e pensa-se. E ouve-se música. Otto, pernambucano, genial. “Naquela Mesa”, de Sérgio Bittercourt. Ele fala de memórias do pai. “Se eu soubesse o quanto dói a vida, e essa dor tão doída não doía assim”.
É meio uma dor que dói na alma da gente. Eu sinto muitas vezes essa dor doída que nada preenche o vazio que ela deixa dentro do peito. Na maioria das vezes nem sabemos o motivo de tanto incômodo. É como se a alma precisasse sair desse corpo que nos prende e quisesse voar. A liberdade rodrigueana é mais importante que o pão. E mesmo assim, ninguém a quer totalmente.
Eu entendo isso. A busca. A busca da idéia, da criação, do trabalho, do barulho do mar, do amor com a sensação do primeiro, das lembranças boas. As cartas de amor são pra isso. Pra se trocar emoções distantes na geografia. Pra se admirar um possível amor que não vai chegar. E chega, de mansinho, disfarçado, gripado, poeta.
Essa é a melhor parte das conversas inacabadas. Das vontades contidas, das emoções guardadas cuidadosamente, pra não machucar o coração. Que é tão frágil, mas tão frágil, que no próximo minuto ele pode parar! Parar de saudade, de ansiedade, de alegrias, de bons ou de maus momentos.
E aí me vejo, no meio da madrugada, escrevendo para uma pessoa linda - pois é assim que me parece – cartas ‘de mim’. E usando sua metáfora, me despetalo pra você, como se estivéssemos a sós, com olhos parados e vidrados no olho do outro, procurando encontrar onde se escondem nossas fraquezas. Nossas forças, já as conhecemos. E elas não nos deixam totalmente entregues ao outro. A fragilidade seduz. A força também. Paradoxo.
Passo do amigo Otto, às músicas de Sade Adu, a nigeriana mais britânica do planeta, que acalma a alma com sua voz aveludada e jazzística. E ela diz: “He told me sweet lies of sweet loves/Heavy with the burden of the truth” (Ele me contou doces mentiras sobre doces amores, com o peso da verdade). O que mais pedir a quem nos conta mentiras sinceras? Como em Like a Tattoo, não passamos de ‘famintos pela vida e sedentos por um rio distante, como o peso da idade’. E a busca se faz presente outra vez!
Imagino o cheiro do jasmim. E começo a viajar nas nossas impossibilidades.
(C.M.)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Desencontro


Profissionais ocupados. Profissionais da mídia, em tempo de campanha eleitoral, mau vê sua própria casa, quanto mais os amigos, familiares e amores.
Não há tempo. Chega-se de uma caminhada, entra-se no carro e quando a gente vê tá no Sertão de Pernambuco, trabalhando. É do litoral ao sertão. Vinte e quatro horas no ar, sem nem lembrar a própria vida, já que o que importa mesmo, naquele momento, é o produto do nosso trabalho.
Com olhos atentos, buscando personagens para nossas matérias, tornando a verdade mais verdadeira. Buscando humanizar o cenário, que com a velocidade da internet, nos deixa com o olhar cada vez mais duro.
Mesmo assim, ainda nos emocionamos. É muita dureza, muita luta por uma vida tão vazia de maiores expectativas. Futuro? O futuro é o dia de amanhã, se houver. De resto, nas mãos de Deus.
Mas entre uma caminhada e outra, a gente vai conhecendo os colegas. Vai criando laços de amizade, de companheirismo, de parceria mesmo. Desta vez fui muito feliz.
Fizemos uma campanha linda, limpa, altiva, como disse nosso Senador Jarbas Vasconcelos. Fomos vitoriosos, pois tivemos a sorte de ter uma equipe coesa, que lutava pelo mesmo objetivo. Divergências, estresse, claro que houve! No meio de uma campanha majoritária, quem disser que não estressou, está sendo diplomático!
Mas isso tudo é o que nos move. É o que me faz passar a noite acordada, já na ansiedade do dia seguinte. E a gente acaba colhendo bons frutos. Como em tudo na vida. Colhi amigos maravilhosos que sei que serão pra sempre. Colhi uma experiência diferente de todas as outras campanhas que já fiz. Colhi até um amigo super inteligente que mora lá no Maranhão! É, na terra dos Sarney! Dá pra crer? Pois é! Mas é inteligente, é sensível, é cérebro. Tudo que me seduz!
Ganhei tanta coisa boa, que só posso agradecer!
Apesar de alguns desencontros forçados pela própria profissão, ando a espera da melhor das colheitas. Você sabe disso! Telefonemas, milhões. Vontade de encontrar, muita! Mas desencontros acontecem. Somos profissionais. O dia vai chegar. Estou exercitando a minha capacidade de paciência.
Ah! E ganhei de volta minha inspiração! Que estava adormecida há mais de um ano. Renasci.
Valeu!!